O que eu sou hoje Fernando Pessoa?

O que eu sou hoje Fernando Pessoa?

Eu sou aquilo que perdi. Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Conhece alguém as fronteiras à sua alma, para que possa dizer - eu sou eu?

Sou o intervalo entre o que sou e o que não sou entre o que sonho é o que a vida fez de mim?

Sou o intervalo entre o que sou e o que não sou, entre o que sonho e o que a vida fez de mim, a média abstracta e carnal entre coisas que não são nada, sendo eu nada também. Nuvens... Que desassossego se sinto, que desconforto se penso, que inutilidade se quero!

Quem sou eu de Fernando Pessoa?

Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...

Como diz Fernando Pessoa?

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Sou o intervalo entre o que desejo ser e o que os outros me fizeram?

Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram, Ou metade desse intervalo, porque também há vida... Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulho de chinelas no corredor. Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.

Quando Lídia vier o nosso outono?

Ao usar a expressão: “Quando vier o nosso outono”, o poeta mostra que ambos já estão bem velhos e que, inexoravelmente, estão no outono de suas vidas. Há um apelo do poeta à mulher amada Lídia, para que vivam o momento presente, pois a Primavera não lhes pertence.

Quem sou eu para mim só uma sensação minha?

Só uma sensação minha. Quem sou eu para mim? Só uma sensação minha. O meu coração esvazia-se sem querer, como um balde roto.

Quem sou eu verso?

Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei. Mas, se eu lhe disser quem sou, você pode não gostar de quem sou, e isso é tudo o que tenho.